2 de julho de 2011

A impressionante história de Nolito


Nem tudo foi um mar de rosas para Nolito até chegar às luzes da ribalta. Manuel Agudo Durán, mais conhecido por Nolito, teve várias adversidades durante a sua infância. Filho de um pai que não quis tomar conta de si e de uma mãe que se encontra presa por causa de problemas com a droga, Nolito foi criado pelos avós. Em Sanlúcar de Barrameda, vivia com dois irmãos e onze tios na mesma casa, passando várias dificuldades. Chegou mesmo a ver a sua avó Dolores a recorrer à ajuda da Caritas para arranjar meios para o alimentar e vestir.

O seu avô Manuel, foi como um pai para si, e por isso, quando o pai descobriu que Nolito era craque, de forma interesseira, tentou aproximar-se oferecendo-lhe uma bola no Natal. Pedro Soto, seu ex-treinador, levou-a até à casa de Nolito e, apesar de a avó ter achado que a prenda não devia ser dada ao pequeno, o avô, não viu o porquê de rejeitar a mesma e deixou a decisão para Nolito. Quando lhe foi oferecida a bola, o jovem espanhol rejeitou-a prontamente dizendo que só tinha um pai, e esse pai, era o seu avô.

Sanlúcar raramente é notícia por boas razões dado que é um local problemático em que o tráfico e consumo de droga é a nota dominante. A maior parte dos jovens, segue o caminho da delinquência e da droga, no entanto, Nolito optou por seguir outro: o do futebol. Desde muito cedo mostrou apetência e se notabilizou no clube local. Jogava na rua de pés descalços e muitas vezes se esquecia das refeições porque se encontrava no campo do seu bairro a jogar. Aos 13 anos, o seu avô Manuel, achou que colocá-lo a trabalhar seria a melhor opção para evitar cair na tentação da droga, por isso, foi trabalhar para uma “carnicería”, em bom português, num talho. Anos depois, quando Nolito chegou ao Barcelona, o seu avô disse-lhe que já poderia morrer feliz dado que já tinha o neto a jogar no seu clube do coração. Pouco tempo depois, acabou por falecer e foi mais um duro golpe na vida do jovem espanhol. Quando chegou ao Barça, passou desde logo a ser idolatrado por toda a cidade e agora, até há um bar que é também um grande museu apelidado de “Peña Nolito”. Em Sanlúcar, agora, todos são Benfiquistas. A principal preocupação passa por arranjar uma parabólica que permita ver todos os jogos do clube da Luz.

Já a família de Nolito, vive agora mais desafogada, no entanto, continua humilde e unida, segundo os seus membros.

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